Saúde financeira do paranaense é uma das melhores do país

[vc_row][vc_column width=”1/1″][vc_column_text]O brasileiro apresenta um comportamento de consumo diversificado, de acordo com a região à qual pertence. Existem diferenças, por exemplo, entre um consumidor do Sul e outro do Centro-Oeste ou Nordeste. E assim como alguns setores sofrem mais e outros menos com o momento econômico, o mesmo acontece com a população. A saúde financeira de cada estado está sujeita ao comportamento de consumo da população.

No primeiro semestre deste ano, o GuiaBolso, aplicativo de controle financeiro, passou a aferir o bem-estar econômico da população dos 26 Estados que compõem o território nacional. Orientado pela análise de três aspectos financeiros – fluxo de caixa, endividamento e aplicação monetária em investimentos – o estudo apontou o Sul como a região com melhor desempenho financeiro, com um escore de 64% do total possível.

Os dados foram mensurados a partir de pontuações que vão de 0 a 700. Índices abaixo de 190 pontos indicam uma situação financeira crítica, precária, ao passo que os acima de 607 demonstram desempenho exemplar. Nesta qualificação, Santa Catarina e Paraná ficaram empatados, com 451 pontos, dividindo os melhores resultados do país.

A região Sudeste ocupa o segundo lugar no ranking organizado pelo GuiaBolso, com 431 pontos, à frente do Centro-Oeste, com 421, e Nordeste, com 420. O Norte ficou com a pior colocação, com 336 pontos. A média brasileira somou uma pontuação de 58% do total possível, demonstrando que a população está gastando a maior parte de seu efetivo, se endividando mais e investindo menos em capital de giro.

Segundo o economista e diretor do DataCenso Instituto de Pesquisa, Cláudio Shimoyama, o paranaense possui uma postura financeira diferenciada, o que explica a saúde financeira da sua população e sua boa colocação na pesquisa realizada pelo GuiaBolso. “O paranaense é mais cauteloso, aposta em compras à vista, evita o consumo a prazo e, consequentemente, os juros. São pessoas com maior conscientização e racionalidade em seu modo de consumir. Existem, inclusive, inúmeros exemplos de empresas do Paraná que ofertam cursos e capacitações profissionais para que seus funcionários possam administrar a vida financeira com mais assertividade. É um comportamento de educação financeira mais adiantado em relação aos outros estados brasileiros”, detalha Shimoyama.

Para o economista, a população deve estar atenta aos seus gastos, controlando a entrada e saída de capital e modificando seus hábitos de consumo: “é importante que as pessoas controlem o quanto gastam em relação ao que recebem. É uma conta que deve estar proporcional, para evitar o endividamento. Outra coisa a ser evitada são cartões de crédito e cheque especial, pois possuem juros altíssimos. Em casos de necessidade é preferível fazer empréstimos consignados a usar tais recursos. Outro fator importante é manter um controle do consumo cotidiano. As altas inflacionárias galopantes exigem uma postura diferenciada, como pesquisas de mercado e comparação de preços”, afirma.

Cláudio Shimoyama também aponta para a necessidade de manter um autocontrole no consumo e a priorização do pagamento de dívidas. Ele destaca o uso de aplicativos e softwares que controlam o fluxo de caixa como uma excelente ferramenta de controle e otimização da vida financeira.

Gestão monetária depende de planejamento e controle

Quem deseja melhorar a saúde financeira e tirar o orçamento do vermelho precisa estar disposto a fazer um monitoramento disciplinado sobre os próprios gastos. Muitas vezes, os consumidores não têm noção exata das próprias necessidades e, sem querer, deixam de colocar na balança os gastos extras, só levando em consideração as despesas fixas como aluguel, alimentação, transporte, saúde e contas de luz e água.

O objetivo não é cercear gastos, mas fazer com que o consumidor compreenda, acima de tudo, o seu próprio perfil de consumo para que, então, possa tomar decisões que tragam melhorias efetivas e desafoguem as dívidas.

Antes de começar a reorganizar o orçamento, o consumidor precisa ser realista. Quanto dinheiro líquido entra no caixa? De acordo com o site do aplicativo GuiaBolso, há uma regra inicial de consumo e gasto que pode facilitar o consumidor a gerenciar as próprias finanças: é a regra 50-15-35. Funciona dessa forma:

– 50% de todo o rendimento líquido deve ser destinado para gastos essenciais, como despesas com locomoção, água, luz, aluguel, condomínio, alimentação e saúde.

– 15% de todo o rendimento líquido deve ser poupado e aplicado. Para ver o dinheiro render, só há uma forma: guardá-lo. De acordo com o site do aplicativo, apenas 20% da população brasileira reserva parte do dinheiro que possui. Para não ser pego desprevenido e conseguir aumentar seu fluxo de caixa, a atitude é essencial.

– 35% de todo o rendimento líquido deve representar as despesas com lazer. Por isso, é necessário ter um estilo de vida compatível a essa fatia do orçamento.

Caso a situação das dívidas esteja preocupante e a regra 50-15-35 não possa ser aplicada imediatamente, reinvista a fatia 15-35 para reorganizar seus débitos. O foco principal é tentar manter os 50% destinados aos gastos essenciais intactos para ter uma qualidade de vida mínima e conseguir gerenciar todo o resto.

 

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