Olha só: no mercado de smartphones, quem não se diferencia, se confunde. E o Google sacou isso — com estilo. Com a campanha “Vanilla”, ele literalmente transformou os concorrentes em sorvete de baunilha para mostrar que muitos aparelhos parecem iguais demais. E o Pixel 10? Quer ser o “sabor novo” da prateleira.
“Vanilla” como metáfora — e estratégia de posicionamento
A ideia é tão simples quanto potente: mostrar que a mesmice domina o mercado. Os smartphones rivais, nesse filme, são cones idênticos, todos “da mesma baunilha”. É só quando aparece o Pixel que algo diferente entra na mesa.
A campanha estreia com o Gemini integrado — sinal claro de que o Google aposta tudo nessa era de inteligência artificial embarcada.
Além disso, o Pixel 10 (e sua versão Pro) vêm com o chip Tensor G5, trazendo poder de processamento local para rodar modelos de IA sem depender de nuvem.
Adrienne Lofton, vice-presidente de marketing do Google, disse algo que entrega o contexto emocional: “a ansiedade de aprender um novo dispositivo leva pessoas a aceitarem o status quo. Pixel é o novo padrão na era da IA”.
O que torna esse case relevante (e perigoso)
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Humildade em admitir fraqueza
O Google reconhece que não está ganhando a guerra do hardware — por isso, muda o jogo para o que talvez não tenha sido disputado com tanta ênfase ainda: o software e a experiência de IA. -
Metáfora que corta ruído
Ao usar algo tão simples quanto “sorvete de baunilha”, a campanha joga luz na impotência dos diferenciadores communs. Estratégia visual que entra fácil na cabeça. -
Distribuição global + local inteligente
“Vanilla” estreia em países como Reino Unido, França, Alemanha, Austrália, Japão e Canadá, com TV. Nos EUA, começa direto no digital/social. -
Experiência com IA como diferencial de marca
Não basta ter câmera boa, design legal ou “mais RAM”. O Google está dizendo: “Acho que o futuro dos smartphones é quem melhor entenda o que você quer fazer, saiba antecipar ou ajudar — não só ser bonito.” E aposta nisso com o Gemini + IA on-device.
Lições para quem cria
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Não subestime o poder de uma boa metáfora
Uma ideia simples, bem executada, pode dizer mais do que toneladas de funcionalidade técnica. -
Posicione-se com honestidade
Quando você reconhece uma limitação (no caso, hardware), mas anuncia o seu diferencial com coragem, a marca ganha credibilidade. -
IA como “produto” — não só “feature”
A inteligência embarcada deixa de ser “mais um recurso” e se torna parte essencial da oferta. -
Distribuição que respeita mercados
Nem todo país precisa ver a campanha do mesmo jeito. Adapte formatos com estratégia. -
Quebrar o conforto é necessário
Consumidor acostumado com “mais do mesmo” precisa de algo que provoque. Se não você provocar, o tempo todo, vai acabar sendo percebido como mais um candidato do estoque.
Leia esse artigo e entenda como a inteligência artificial atua no cinema.
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