Essa com certeza não é a primeira vez que você ouve falar da Singularity University, em especial se já tiver familiaridade com o campo do empreendedorismo. O fato é que muitos empreendedores já estudaram ou anseiam estudar na famosa universidade norte-americana. Prestes a completar 10 anos de existência, a instituição está sediada no centro de pesquisas da Nasa, no Vale do Silício, e já recebeu diversos alunos notáveis. O homem mais rico do Brasil, o empresário e economista suíço-brasileiro Jorge Paulo Lemann, já fez um curso por lá.
Educar, inspirar e capacitar os líderes a aplicarem tecnologias exponenciais para enfrentar os grandes desafios da humanidade. Essa é a missão da Singularity. O objetivo é criar um mundo mais abundante para todos. Para que essa ideia se torne realidade, a instituição oferece uma plataforma de aprendizado e inovação que fornece os ingredientes necessários para empreendedores e organizações criarem soluções inovadoras — em especial utilizando novas tecnologias, como a inteligência artificial, robótica e biologia digital.
“Criar abundância não é sobre criar uma vida de luxo para todos neste planeta; é sobre criar uma vida de possibilidades”, afirma o cofundador da universidade, Peter Diamandis, no site da organização.
Não é exagero considerar a Singularity a universidade da inovação. Mas não se apegue ao nome — a instituição tem muito pouco do que se espera de uma universidade comum. Ela oferece experiências educacionais, como denominam os cursos, com foco na capacitação de indivíduos para que possam entendem as novas tecnologias e usá-las para criar um impacto positivo no mundo. Além disso, contam com conferências para inspirar o público e laboratórios que servem como incubadora para projetos de inovação social.
Os criadores desse Mundo Mágico da Inovação foram os norte-americanos Peter Diamandis, engenheiro e empreendedor, e Ray Kurzweil, inventor, diretor de engenharia do Google e entusiasta da inteligência artificial. Não é apenas o formato dos cursos, os temas ou a duração que fazem da universidade um oásis para os empreendedores, mas sim sua base principal: uma mentalidade única. Eles falam do crescimento exponencial, e não linear como muitos ainda acreditam. “A mudança tecnológica é exponencial, contrária à visão ‘intuitiva linear’ do senso comum. Portanto, não teremos 100 anos de progresso no século 21 – serão mais de 20.000 anos de progresso”, afirma Kurzweil, no site da organização.
Ao invés de focar na solução, a disrupção reside no próprio problema — e é preciso uma boa dose de visão de tendências e adaptação para criar ferramentas que o resolvam. É preciso, antes de mais nada, agir com um pensamento no futuro. Quem estiver procurando soluções para os dias atuais nos dias atuais já ficou para trás. O segredo está no que vem pela frente — por isso a importância de entender e usar as novas tecnologias a nosso favor.
Mesmo após a repercussão negativa de uma matéria publicada na Bloomberg Businessweek, em que eram apontados irregularidades e denúncias envolvendo a instituição, e a perda do patrocínio da Google no Global Solutions Program, a Singularity ainda recebeu um investimento de US$ 32 milhões da Boeing e da firma de investimentos WestRiver Group, segundo informações da revista Época Negócios. Além disso, há rumores de que a universidade abrirá uma unidade no Brasil em 2019 como parte de seu plano de expansão. Talvez o sonho de um curso na escola de inovação esteja mais acessível no próximo ano.
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E você, já fez ou gostaria de fazer um curso na Singularity University?
