No mercado de delivery, não basta entregar comida rápida — é preciso entregar também valor percebido. E foi exatamente nesse ponto que a 99Food decidiu reposicionar sua presença no Brasil, voltando ao jogo com uma estratégia ousada: zerar as taxas de comissão para restaurantes parceiros durante dois anos.
A ação, apelidada de “taxômetro brasileiro que serve comida”, não é apenas uma medida comercial. É um movimento de branding competitivo, que busca transformar política de preços em narrativa de marca.
Uma disputa que vai além do prato
Hoje, o setor de delivery é dominado por gigantes como o iFood, que concentra a maior parte dos pedidos e construiu um ecossistema sólido de consumidores e estabelecimentos. Entrar — ou retornar — nesse mercado exige mais do que promoções pontuais.
Ao anunciar a isenção de taxas, a 99Food não está apenas tentando atrair restaurantes. Ela está construindo um discurso de parceria e apoio, posicionando-se como alternativa mais justa para o negócio local, especialmente para pequenos e médios empreendedores.
Preço como ferramenta de branding
Na maior parte das categorias, competir apenas pelo preço é perigoso. Mas no delivery, onde a margem de restaurantes é apertada e as taxas pesam no lucro, o preço se torna argumento de valor — e, no caso da 99Food, é amplificado por uma narrativa de libertação do “peso das taxas”.
Essa estratégia cumpre duas funções ao mesmo tempo:
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Curto prazo: atrai estabelecimentos que veem vantagem financeira imediata.
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Longo prazo: cria associação mental entre a marca e a ideia de “menos custo, mais ganho para o restaurante”.
Posicionamento com alvo definido
Essa manobra também é um recado direto ao líder do mercado. A 99Food não precisa vencer o iFood de forma absoluta para ser relevante. Ao conquistar uma base sólida de restaurantes insatisfeitos com as taxas atuais, pode segmentar e fidelizar um nicho específico — e crescer a partir dele.
Para o consumidor final, a comunicação ainda pode explorar a narrativa de apoiar negócios locais, criando um vínculo emocional entre quem pede e quem vende.
O que as marcas podem aprender com isso
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Competir com o líder exige estratégia afiada — não é sobre tentar fazer tudo igual, mas sobre atacar pontos sensíveis.
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Política comercial também é branding — preço e condições podem reforçar valores como parceria e justiça.
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Comunicação precisa conectar todos os elos da cadeia — no caso do delivery, isso significa falar com o restaurante e com o consumidor de forma coerente.
Em resumo
O retorno da 99Food é mais do que uma reentrada no mercado: é uma campanha de posicionamento travestida de política de preços.
Num cenário onde a disputa não é só por pedidos, mas por confiança, a marca aposta que ser lembrada como a parceira mais justa pode ser tão importante quanto entregar rápido.
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