Segmento de tecnologia concentra algumas das maiores fortunas do mundo, veja quem são os bilionários do momento
A semana começou com uma notícia inesperada na área de tecnologia. O gigante e inovador Google anunciou algumas mudanças e lançou uma nova marca para agrupar todas as iniciativas da companhia, a Alphabet. No comando estão os dois fundadores originais do Google, Larry Page e Sergey Brin, que continuam apostando as fichas em negócios que vão além de um “simples” site de buscas e que prometem deixá-los ainda mais bilionários do que estão hoje. A fortuna estimada de cada um dos sócios é de mais 36 bilhões de dólares.
Apesar de expressivos, os patrimônios de Larry e Sergey não são os maiores. A lista divulgada e atualizada diariamente pela Bloomberg coloca outros gigantes da tecnologia na frente dos fundadores do Google. Microsoft, Amazon e Facebook têm garantido fortunas astronômicas para cada um dos proprietários. Os patrimônios apresentados são baseados na variação das ações das empresas nas bolsas de valores do mundo.
O número 1
Bill Gates é atualmente o número 1. Isso quer dizer que sim, ele é o homem mais rico do mundo. Engana-se, porém, quem pensa que a principal fortuna de Gates é da venda de softwares para computadores com a Microsoft. De lá ele tem 4% das ações, o que equivale a apenas 1/5 de toda a riqueza do magnata. A principal parte dos quase 90 bilhões de dólares do patrimônio de Gates vem da Cascade Investment, holding que controla a fortuna da família e coleciona participações em inúmeras empresas de segmentos diversos.
Pouco se sabe dos investimentos da Cascade, já que os funcionários devem assinar um termo de confidencialidade, mas uma operadora de ferrovias no Canadá e redes de hotéis internacionais são exemplos das apostas para gerar mais dinheiro. Só que enriquecer não é o único objetivo. Gates e a esposa, Melinda, também criaram uma fundação com o foco de acabar com a fome, doenças e pobreza. A estimativa é que mais de 26 bilhões de dólares já tenham sido doados para causas sociais.
Dinheiro chama dinheiro
150 itens por segundo. Esse é o número de produtos comprados na Amazon em dias de pico. A maior loja virtual do mundo também gera o segundo maior patrimônio de bilionários da tecnologia. Jeff Bezos, presidente e maior acionista da Amazon, acumula quase 47 bilhões de dólares e utiliza o dinheiro para explorar aventuras terrestres e também algumas que extrapolam o limite da atmosfera do planeta Terra. Um dos investimentos de Bezos, por exemplo, é na exploração espacial, procurando reduzir custos e aumentar a segurança de voos espaciais.
Recentemente, mais precisamente em 2013, Bezos também resolveu variar um pouco os ramos de investimentos e comprou o jornal The Washington Post por 250 milhões de dólares. Apesar de não saber muito sobre o segmento de jornais, como o próprio bilionário afirmou à imprensa, ele diz conhecer bastante sobre internet. Esse casamento, na opinião dele, junto com a estrutura financeira que consegue oferecer, pode ser benéfico para o The Washington Post e o futuro do jornalismo. O conhecimento e o envolvimento com o ramo digital também levaram Bezos a ser um dos primeiros investidores do Google e do Airbnb, portal que agrega ofertas e informações de hospedagem em todo o mundo.
Dentro do quarto
Comum entre todos os bilionários citados até agora está a criação de produtos e serviços em ambientes praticamente domésticos. A garagem é um dos cenários favoritos citados por grande parte das histórias bilionárias de sucesso do Vale do Silício. No caso do Facebook, o principal pontapé foi dentro de um dormitório de Harvard. O mais novo dos bilionários da tecnologia não quis nem concluir o curso universitário direito e já começou a ganhar investimentos milionários ainda aos 20 anos. Hoje, com 31, Mark Zuckerberg tem uma fortuna de 41 bilhões de dólares.
O Facebook é o principal negócio de Zuckerberg, e as aventuras além da rede social envolvem outros investimentos no segmento de tecnologia e inovação, projetos dedicados à caridade e ao fortalecimento social por meio da internet. Em 2012 o Facebook comprou, por um bilhão de dólares, o Instagram, famosa plataforma de compartilhamento de fotos. O mais recente projeto anunciado pelo próprio fundador é a criação de um sistema aéreo de transmissão de sinal de internet para áreas isoladas, ultrapassando a barreira dos escritórios, quartos e garagens, para tentar incluir digitalmente a parcela da população mundial que não está conectada.
As histórias bilionárias servem para perceber como a tecnologia, independentemente do tamanho do patrimônio, é a principal aposta para os ricos que criaram impérios a partir da revolução digital, que se concretizou principalmente nos últimos 20 anos. Seja em projetos para explorar as belezas do nosso mundo, como é o caso do Google Street View, ou em iniciativas que olhem para o céu e para as estrelas, talvez o que impulsiona esses bilionários não seja a excentricidade ou a ganância. É, na verdade, a busca por serviços nunca vistos antes na história da humanidade e que oferecem, para toda a população, qualidade de vida, informação, conexão com outras partes do mundo e a perspectiva de um planeta cada vez melhor.
Pra fechar, confira o ranking com as dez maiores fortunas do mundo, divulgado pela revista Forbes no último mês de março. Os valores são mensurados de maneira diferente em relação ao ranking da Bloomberg e, por isso, podem apresentar algumas variações.
Fonte: http://comercial.rpc.com.br/inovadores-empreendedores-e-bilionarios-2/
