Conteúdo não é mais onde se vê — é como se vive
O Upfront 2026 da Globo não foi apenas uma apresentação de grade de programação.
Foi uma declaração de que a TV acabou — como formato fixo, não como potência.
A emissora mostrou um ecossistema onde TV aberta, digital, streaming e mídia social coexistem como um mesmo ambiente de conteúdo.
É o fim da tela única e o início da programação distribuída.
De grade a ecossistema
Entre os anúncios:
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Novos formatos verticais de entretenimento pensados para mobile;
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Publicidade interativa integrada ao Globoplay;
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Retorno da Fórmula 1 como evento multiplataforma;
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Expansão do conteúdo autoral em podcast e live-shows.
A mensagem é clara: a Globo não vende mais espaço. Vende contexto de atenção.
E atenção, hoje, é o recurso mais escasso que existe.
Mídia que conversa entre si
O ponto mais interessante do Upfront é a fluidez entre linguagens.
Um mesmo conteúdo pode nascer no streaming, virar corte de redes sociais, transformar-se em podcast e depois retornar à TV em outro formato.
Isso exige uma lógica nova de planejamento de mídia integrado, na qual as marcas precisam pensar não só “onde anunciar”, mas como construir presença contínua ao longo da jornada do espectador.
O novo desafio das marcas
O modelo de campanhas isoladas está desaparecendo.
As marcas que querem estar na tela da Globo — ou em qualquer outra — precisam entender como sua mensagem se traduz em cada formato.
O comercial de 30 segundos ainda existe, mas agora é o ponto de partida, não o destino final.
A verdadeira força está em construir narrativas transmídia — histórias que começam num spot, continuam no feed, viram conversa e terminam em compra.
Globo 2026: uma plataforma-marca
A Globo entendeu que seu valor não está mais na audiência de um programa, e sim no poder de orquestrar múltiplos pontos de contato.
E isso muda a forma como o mercado publicitário vai planejar, criar e medir sucesso.
Em vez de “comprar mídia”, as marcas vão co-criar presença.
E o futuro da comunicação brasileira está, mais do que nunca, em quem consegue narrar em 360 graus sem perder coerência.
Leia esse artigo e entenda a importância da narrativa.
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