Quando estratégia deixa de prever e passa a criar
O mundo está acelerado demais para planos de cinco anos.
Enquanto empresas ainda tentam prever o próximo trimestre, outras já estão desenhando o que virá na próxima década — com base em dados, cultura e imaginação estruturada.
É o território do Foresight Studies — ou, em bom português, os estudos de futuros.
Um campo que combina pesquisa, comportamento e criatividade para antecipar cenários e criar planos capazes de resistir (ou se adaptar) ao imprevisível.
De planejamento a foresight: o salto de mentalidade
O planejamento estratégico tradicional tenta controlar o futuro.
O foresight, por outro lado, tenta entendê-lo como um conjunto de possibilidades.
Ele não pergunta “o que vai acontecer?”, mas sim “quais futuros são possíveis — e o que queremos construir?”.
Essa diferença muda tudo: o foco deixa de ser previsibilidade e passa a ser preparação inteligente.
Empresas que trabalham com foresight constroem “mapas de futuros” — cenários possíveis baseados em sinais do presente.
Esses sinais vêm de várias fontes: comportamento do consumidor, movimentos culturais, avanços tecnológicos, economia, política, clima, arte e até memes.
Porque o futuro começa sempre como uma anomalia no presente.
Dados, tendências e imaginação: a tríade do foresight
O foresight vive da interseção entre ciência e intuição.
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Dados: o ponto de partida. Big data, social listening, relatórios, consumo e cultura digital.
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Tendências: a leitura dos movimentos em crescimento, ainda invisíveis para o mainstream.
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Imaginação estruturada: o que transforma números em narrativa estratégica.
A combinação desses três elementos é o que permite a uma marca criar estratégias vivas — não planos engessados.
Marcas que usam foresight para criar relevância
Empresas como LEGO, Google, Unilever e Nike têm equipes dedicadas a estudos de futuros.
Essas áreas exploram possíveis mudanças em comportamento infantil, consumo de mídia, sustentabilidade e novas formas de expressão cultural.
O objetivo?
Antecipar as expectativas do consumidor antes que ele as tenha.
O resultado são marcas que não seguem tendências — elas as inauguram.
O foresight no marketing e na criação
Na prática, aplicar foresight em comunicação significa planejar campanhas, produtos e conteúdos com uma visão de médio e longo prazo, ancorados em mudanças culturais reais.
Significa parar de perguntar “o que está viralizando?” e começar a perguntar “o que está se transformando?”.
Essa mudança de foco leva marcas a criar estratégias menos reativas, mais consistentes e mais humanas — porque o futuro, no fim, é sobre pessoas e comportamentos, não sobre gráficos.
A lição final
Foresight não é sobre prever — é sobre projetar com consciência.
Num mundo em que as mudanças são inevitáveis, o verdadeiro diferencial está em quem se antecipa, se adapta e cria relevância antes que o contexto exija.
Em outras palavras: o futuro não se prevê.
Ele se desenha.
Leia esse artigo e entenda a importância da narrativa.
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