Quando a criatividade perde o caráter
O escândalo recente de cases falsos em Cannes Lions acendeu um alerta vermelho na indústria da comunicação.
Campanhas inexistentes, dados inventados e vídeos manipulados levaram profissionais à cadeia — e o setor inteiro a uma reflexão urgente:
em que momento a criatividade começou a valer mais que a verdade?
O vício do palco
Durante décadas, agências correram atrás de prêmios como símbolos de status.
Mas, em algum ponto, a busca pelo troféu ultrapassou o propósito original: gerar impacto real.
A cultura de “cases para festival” criou uma bolha onde a criatividade deixou de resolver problemas e passou a performar reputação.
O resultado?
Uma crise de confiança — não apenas nos festivais, mas em toda a cadeia de valor da comunicação.
O custo da vaidade corporativa
Cada case fake é mais do que um erro — é um golpe na credibilidade de todo o mercado.
Clientes desconfiam, consumidores percebem, talentos se desmotivam.
A publicidade, que vive de construir confiança, não pode se dar ao luxo de perder a própria.
Mas há um aprendizado importante:
os tempos mudaram, e com eles, a régua de avaliação do que é “grande trabalho”.
Hoje, a melhor campanha não é a que sobe no palco — é a que sobe na vida das pessoas.
Ética como diferencial competitivo
O mercado precisa reaprender que transparência também é performance.
E que, em um mundo cada vez mais rastreável, autenticidade é o único ativo impossível de falsificar.
A criatividade do futuro não é a que inventa histórias — é a que resolve problemas reais e deixa marcas verdadeiras.
No fim, o maior prêmio continua sendo o mesmo: relevância com propósito.
Leia esse artigo e entenda a importância da narrativa.
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