Marisa Maiô, Magalu e a publicitária mais rápida da semana: o marketing na era da cultura viva

Em uma semana, o Brasil conheceu a Marisa Maiô — uma apresentadora gerada por IA que satiriza programas de auditório dos anos 90, com bordões caricatos e estética VHS. No fim de semana seguinte, ela já estampava um publipost oficial do Magalu, com direito a piada de casal, cupom de desconto e — claro — o famoso maiô preto sendo vendido no site da marca.

Ponto para o Magalu? Com certeza. Mas o que essa história nos mostra vai muito além de uma ação rápida e bem-humorada. Ela revela uma virada silenciosa (e profunda) no jeito que o marketing opera em 2025. Bem-vindo à era da cultura viva — onde o branding se move na velocidade da timeline.

Influência não se cria, se reconhece

A Marisa Maiô não foi criada por uma marca. Ela nasceu de forma orgânica nas redes, pelas mãos de um criador (Raony Phillips) que entendeu como poucos o algoritmo da internet + a memória afetiva da TV brasileira. Ela explodiu porque carrega inteligência emocional digital: timing, humor, estética e crítica social.

E o que o Magalu fez foi reconhecer isso. Com rapidez e inteligência, associou sua marca a uma figura que já estava na boca (e nos memes) do povo, sem precisar forçar protagonismo. Eles não tentaram criar o hype. Entraram dentro dele — e, mais importante, sem quebrar o encanto.

Essa é a nova lógica da influência. Marcas não têm mais o controle total da narrativa. Mas podem, com sensibilidade e estratégia, participar da história enquanto ela está sendo escrita.

O marketing como reflexo da escuta

O que parece improviso é, na verdade, preparação. Marcas que conseguem entrar em ondas virais com autenticidade não estão apenas monitorando hashtags — elas estão cultivando repertório e criando estruturas internas que permitem agir com agilidade sem perder o tom.

Isso exige uma base sólida de branding. Identidade visual clara. Voz definida. Time de conteúdo empoderado. Fluxo de aprovação menos burocrático. E, acima de tudo, escuta ativa — porque o melhor insight hoje não vem de focus group, mas do trending topics.

Marcas que performam na cultura

O caso da Marisa Maiô nos lembra que vivemos um novo tipo de performance de marca: não apenas nas vendas ou na mídia paga, mas no capital cultural. Ser citado, remixado, comentado, referenciado — isso não é mais bônus. É estratégia.

A pergunta já não é mais “o que vamos dizer essa semana?”, mas sim “onde está a conversa que faz sentido entrarmos?”.

E isso tem muito a ver com o que fazemos na BDDB.ag. Acreditamos em marcas com presença viva. Marcas que falam com o tempo, que entendem o pulso da cultura e têm coragem de se posicionar — mesmo que isso signifique abrir mão do protagonismo em nome da conexão.

O timing como diferencial competitivo

Se antes timing era um diferencial criativo, hoje ele é estratégico e comercial. Quem chega primeiro (e certo), leva a conversa. E, como no caso do Magalu, leva também o faturamento — o maiô viral esgotou.

Nesse cenário, ganha quem estiver mais preparado para a imprevisibilidade. E essa preparação não se faz com mais planilhas — se faz com mais liberdade criativa, mais repertório e mais confiança nos times.

Resumo da ópera?
O marketing mais relevante de 2025 não é o mais bem produzido. É o que melhor participa da cultura.

E isso, felizmente, continua sendo uma arte — mas agora com mais cérebro, mais escuta e mais coração.

🤔 Está curioso para saber o que mais realizamos, confira nosso portfólio!

Entenda como a sua marca afeta o público certo? Leia este artigo aqui!